quarta-feira, 8 de junho de 2016

Pão de ló

 


   Sua invenção, apesar de não ser muito precisa nos remete as Ordens Religiosas portuguesas de séculos atrás e a receitas familiares que eram desenvolvidas com esmero e cuidados extremos a fim de deleitar a Casa Real e as mesas dos mais abastados.
   Por ser um bolo muito leve, as receitas de pão-de- ló portuguesas são presença
obrigatória em todo o país, sendo consumidos principalmente na Páscoa e durante as festas
natalinas.
  A disputa pela sua autoria é acirrada, pois existe uma variedade de receitas, todas
consideradas famosas e distribuídas por todo o território português. Entre o Douro e o Minho
podemos encontrar o pão-de- ló de Margaride e o de Freitas; em Estremadura, encontramos o
famoso pão-de- ló de Alfeizerão, o pão-de- ló da Avó e o pão-de- ló Saloio (ou dos casamentos).
No Ribatejo, temos o pão-de- ló de Alpiarça e na região do litoral de Beira encontramos o pão-
de-ló de Soure, o de Vizela e o popular pão-de- ló de Ovar.

  Um pouco de história
    Quando as ordens religiosas foram extintas, no século XIX, as freiras do convento de
Cós (Alcobaça) ensinaram as técnicas de fabrico do bolo às senhoras de Alfeizerão, que em
dias de festa confeccionavam a receita original. Um dia, o rei D. Carlos fez uma visita a essa
localidade e logo chamaram uma dessas senhoras para preparar um pão-de- ló para o
monarca. Tamanho era o desenho de bem servi-lo que a cozedura ficou incompleta.
A atrapalhação acabou resultando em enorme sucesso, que mereceu a preferência do
rei. Foi assim que há mais de cem anos Amália Grilo começou a fabricá-lo, por encomenda,
para mesas afidalgadas da região. Num livro de 1906, M. Vieira Natividade já o inclui nas
indústrias tradicionais e caseiras da região.

   Minha avó é uma boleira de mão cheia e já fez os bolos de todos os que casavam na família e me sentir na obrigação de aprender essa receita. A versão da minha avó é a mais fácil que eu já vi e espero que vocês consigam fazer.



Espero que gostem assim como e gosto dos bolos da minha avó.



Dayane Luna



Nenhum comentário:

Postar um comentário